Linda flor, ofertada a legião sem pudor,
Enganada pelos que a disseram ser amada,
Traída então foi a pobre flor,
Despetalada perde a inocência, e morre,
E da flor morta, seca, saem sete sementes,
Que ao caírem por chão florescem em desgraça,
Cada uma, uma nova planta,
Iguais em maldades, diferentes em odor,
O cheiro persegue quem sempre foi inocente,
A primeira floresce em longos caules,
Envolvendo-te, enrolando-te por pernas,
Possuindo com prazer um corpo que nunca amou,
A segunda com espinhos feito dentes rasgam a pele tua,
Devoram-te monstras pétalas, absorvem-te ate não existir mais,
A terceira nega beleza e perfume,
Põem se a florescer apenas quando não há ninguém por perto,
Ninguém para sentir ou para ver,
A seguinte sonolenta poderia ate ser bela,
Se desse a si própria o trabalho de florescer,
A quinta, saiu do próprio inferno, seu perfume mastiga,
Corroí a sanidade, massacra ate o seu mais amado ser,
A próxima flor híbrida de todas as cores,
Aproprias-se de todos os odores, precisa de tudo que não e seu,
Se não conseguir faz sucumbir, sofrer,
A ultima não se colocou lá por beleza,
Fez-se ela a mais linda da mortal natureza,
Veste-se de agradabilidade, do belo,
Usa ate inverdades, precisa ser notada para sobreviver.
29-11-2007
¨*¨*¨*¨
Em 1589, Peter Binsfeld comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios,[1] seguindo os significados mais usados. De acordo com Binsfeld's Classification of Demons, esta comparação segue o esquema:
Asmodeus: Luxúria
Belzebu: Gula
Mammon: Avareza
Belphegor: Preguiça
Satã: Ira
Leviatã: Inveja
Lúcifer: Vaidade (Orgulho)
8 comentários:
Olá, olá...
.
Venho de antemão agradecer sua visita ao velho Almofariz, e dizer da honra que tive em receber tantos elogios - os seus, inclusos, logicamente - o que, para mim, traduz-se em estímulo para continuar escrevendo.
.
Sim, claro, agradeço também a intenção de disponibilizar-me um link aqui na sua sessão de favoritos.
.
A postagem das "7 Flores" é bem instigante. Infere-se dela a aguçada visão do poeta - leitor contumaz - sobre tantas particularidades, ou que nos conduz, invariavelmente, a outras releituras sobre o tema.
.
Pecados, pecadilhos, desvios, tropeços, ou o que mais queiram dizer essas reações tão humanas, parecem elemento que não se pode apartar do ser. Algo como se, ao barro primordial da nossa formação, algumas imperfeições fossem adicionadas, com que fito ainda não consigo vislumbrar.
.
Confio, todavia, no caráter redentor da Arte e do Intelecto como ingredientes essenciais à idéia do "homem melhor", o que nada tem a ver como o "homem ideal".
.
Belas as reproduções artísticas da imagem. Hyeronimus Bosch, certamente. É um dos meus preferidos trabalhos, junto a O Jardim das Delícias Terrestres e As Tentações de Santo Antão.
.
Abraço do
Carlos
Não carrego comigo tanta intelectualidade quanto o bom Ch, amigo de grande valor.
Bom, antes de tudo, eu queria pedir que aceitasse minhas desculpas por não ter dado tanta atenção ao texto, é que estou indo para o trabalho mas não poderia fazer isso sem antes vir aqui agradeçer a visita. É ótimo saber que muitos apreciam a simplicidade das coisas, e desprezam as imbecilidades das que preferem se manterem ridículas à aproveitar bem a vida.
Novamente agradeço, e deixo declarado os meus respeitos pelo blog. Certamente voltarei comentar em alguma outra oportunidade.
Até mais ver,
...Jean
Faltou Mefistófeles... o intelectual pérfido e sarcástico sarcástico,não é dono de nenhum dos pecados, ou talvez o dono de todos, querer saber d+ é o maior pecado do ser humano.
Bis Balde.
Be!
Olá, meu caro.
Muito interessante este lugar onde se perscrutam as fronteiras da imaginação. Obrigada por me visitar, é sempre estimulante. Apareça.
Um abraço.
é...bem,a parente aqui falou que tem um comentário excluido aqui nos comentários do OBVIO,
não me lembro de forma alguma de ter cometido tal delito,
se por acaso alguem teve comentário excluido aqui no OBVIO,
por favor,perdoe me,
deve ter acontecido em algum momento de total abstração.fato normal em minha vida,
desculpas e obrigado.
Postar um comentário